Começou neste meio de semana mais uma edição da Copa do Brasil. De competição sem muito prestígio nos idos dos anos 90 quando teve suas primeiras edições, relegada a um cantinho mínimo nos notíciarios, se tornou uma das competições mais desejadas e comentadas no país.
Que é a competição mais democratica do calendário nacional, isso não tem a menor dúvida. Porém por outro lado é a que mais evidencia a diferença existente no nosso esporte preferido: o futebol.
No encontro dos chamados grandes de centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, com outros também chamados grandes, porém de regiões norte, nordeste e centro oeste, a diferença está cada vez mais acentuada, com rarissimas equipes que demonstram equilbrar este contraponto.
Bem sabemos que a diferença é muito grande, mas tem pontos que chama a atenção, quando tomamos como base de referencia competições disputadas nos mesmos moldens, que apresentam enfrentamentos de equipes de várias séries, como é o caso por exemplo da Itália. O que se observa como diferença maior em nosso futebol brasileiro, quando se tem uma exposição de competições desta natureza, não é somente no que se refere a aspectos financeiros ou de investimentos. O que mais chama a atenção é que o que se apresenta dentro das quatro linhas, reflexo de como as equipes estão sendo preparadas, representa uma distancia em muitos aspectos, sejam eles técnicos, táticos ou fisiológicos, evidenciando que equipes de patamares diferentes no país do futebol, estão cada vez mais se distanciando em sua totalidade.
Claro e evidente que uma equipe com uma extrutura maior tende a apresentar uma condição melhor, porém, mesmo que tenha esta diferença, em termos organizacionais, seja táticamente, técnicamente ou físicamente, guardada as devidas proporções, o essencialmente básico precisa ser evidenciado, afinal, são equipes de futebol profissional, o que requer esta prerrogativa.
Em tempo como esse, de realização de uma competição desta magnitude e grandeza, deverá servir também como oportunidade de análise mais profunda desta lacuna que está cada vez mais evidente, onde a diferença entre equipes chamadas grandes e consideradas pequenas, cresce cada vez mais.
Esta é a nossa Copa do Brasil...
Este é o futebol brasileiro.